A historia da Polenta

Falar sobre polenta é falar sobre a cultura gastronômica das regiões do nordeste da Itália, especialmente Veneto e Friuli-Venezia Giulia. Lá, o prato é homenageado em canções, poemas, pinturas e livros, comprovando sua importância para o povo.
O gosto pela polenta atravessou o Oceano Atlântico e chegou ao Brasil junto com os primeiros imigrantes italianos, em 1870. A tradição de fazer polenta ainda faz parte da vida da maioria dos descendentes de italianos, pincipalmente no sul do país.
O prato está listado no menu da maioria dos restaurantes italianos da região e é o personagem principal de algumas festas típicas brasileiras.
Como forma de manter sua identidade nacional, os imigrantes italianos mantinham a polenta como parte de suas refeições diárias – café da manhã, almoço e jantar -, plantando e colhendo milho e fazendo sua própria farinha.
Hoje em dia, é possível encontrar netos dos imigrantes italianos que ainda têm lembranças do modo como a família costumava comer, demonstrando que a polenta fazia parte do cotidiano dos imigrantes italianos no Brasil e que a tradição foi passada de geração em geração.
Nos dias atuais, polenta cremosa ou grelhada no fogão a lenha não são tão comuns quanto a polenta frita, encontrada não apenas em restaurantes e festividades italianas, mas também na maioria dos bares brasileiros como aperitivo.
A polenta frita pode ser encontrada em todo o país, mesmo em regiões que não receberam imigrantes italianos, e combina muito bem com caipirinha e uma cerveja bem gelada.
O nome “polenta” ajuda a lembrar ao consumidor que se trata de um prato italiano, mas quase todos desconhecem a jornada da polenta ao longo dos séculos e que sua longa história começou durante a Idade Média, quando ela ainda nem era feita de milho.